segunda-feira, junho 26, 2006

Amo a Vida

Se algum dia chorar, não te afundes nas lágrimas,
pega nelas para saciar a sede da minha alma
Ri, dança, alegra-te para que a luz rompa as nuvens dos meus olhos

Se algum dia me parecer que não existe amanhã,
Que nada vale a pena, nada mereço,
Não me feches a vida, antes lembra-me do riso que ainda não dei,
Da flor que ainda não cheirei,
dos beijos que darei

Se algum dia apenas me restar um fio de vida,
Não me desliguem,
Quero viver, quero lutar, quero viver,

Quero amar a vida até ao seu último suspiro


sexta-feira, junho 23, 2006

Ideias claras sobre o essencial

De João cesar das neves Publicado originalmente no DN de 19-06-2006
"Vivemos numa daquelas raras épocas que não sabe bem o que pensar acerca do Céu e do Inferno. A confusão nesta questão, de longe a mais decisiva de todas, é estranha porque, nos seus aspectos básicos, as coisas são realmente muito simples.

Primeiro, a eternidade não é, como tanta gente pensa, uma infinidade de tempo. Pelo contrário, a eternidade é a ausência do tempo, o "fim dos tempos". Isso significa que nessa situação perderemos este nosso terrível defeito de viver apenas um momento de cada vez e teremos a vida em pleno. Visto de outra forma, na eternidade as nossas opções tornam-se definitivas, consagradas acima do tempo, como a cerâmica ao sair do forno. Na eternidade cada um de nós viverá em integridade a opção básica a que decidiu entregar a sua vida.

O segundo elemento desta questão é que Deus nos ama apaixonadamente, a todos e a cada um, porque "Deus é amor" (1 Jo 4, 8 e 16). Assim, na Sua própria natureza, Deus quer a total felicidade para qualquer pessoa. Isso significa que Deus não condena ninguém. Ele leva sempre todos para o Céu.

Se juntarmos estes dois elementos, a conclusão é que na eternidade o amor de Deus respeita as nossas opções fundamentais. Cada um quer ser feliz à sua maneira e Deus, que nos ama muito e nos fez livres, quer que isso se verifique. Tal significa que há zonas do Céu em que o egoísmo elimina o amor, em que a violência e o prazer são os objectivos, em que o orgulho expulsa o próprio Deus. A essas zonas do Céu chama-se Inferno.

Deus concede a cada um que viva a eternidade da maneira que essa pessoa pensa ser a mais feliz. Aqueles que encontram a felicidade no louvor a Deus, que é a suprema beleza, o supremo prazer, a suprema bondade, esses estarão no Céu. Aqueles para quem "o seu deus é o ventre" (cf. Fl 3, 19), dedicam a sua vida a valores menores e querem uma felicidade que é a perdição. Essas coisas, que também Deus criou, são boas, mas colocadas acima do seu Criador caem no mal. Deus fez o Céu, nós fazemos o nosso próprio Inferno. Como disse Santo Agostinho, "o pecado traz consigo o seu suplício" (Comentários aos Salmos, Salmo 14, 3). Dar ao pecador o que ele quer é a sua maior tortura.

Que dizer então do lago de fogo, do juízo final, dos condenados? Trata-se simplesmente de uma forma sugestiva e colorida de dizer o mesmo, como uma mãe que assusta o filho com o papão se ele mexer em fósforos ou fichas eléctricas. O nosso tempo age como o rapazola insolente que, descobrindo que não há papões, vai meter os dedos na tomada de corrente.

Significa isto que não existe o Diabo? Claro que existe! A essa pergunta podemos até responder por experiência directa. Antigamente, quando se vivia em aldeias, as pessoas não viam o Demónio, mas acreditavam nele. Hoje vemo-lo claramente, mas deixámos de acreditar. Deixámos de acreditar por nos acharmos responsáveis. Assim, a partir do momento em que não conhecemos o Diabo, passamos a chamar demónios aos outros que conhecemos.

O inimigo da nossa natureza está bem visível a cada momento. No telejornal, nas séries televisivas, nos jogos de computador. Ele é até invocado pessoalmente em múltiplos filmes de terror ou bandas "metal". Em particular, é visível naquele mal puro, sem interesses, sem razões, sem justificações. O mal absoluto que vemos no terrorismo e na discriminação, mas também nos vírus informáticos. O prazer no mal, dos hooligans e do sado-masoquismo. O mal só pelo mal tem de ter uma causa autónoma.

De facto, quando deixámos de acreditar nessa personificação maléfica, baixámos as defesas e passámos a tolerar algumas das suas manifestações mais horríveis. Aborto, depravação, pornografia, gula, arrogância, e muitas outras, são hoje vistas como anedotas, expressões de personalidade, traços culturais, comportamentos excêntricos. Por isso o Diabo nunca foi tão visível como desde que deixámos de falar dele.

Estas ideias são tão simples que se estranha que um tempo tão sofisticado tenha tanta dificuldade em entendê-las. Para mais porque são essenciais. Todos vamos morrer e por isso é decisivo pensar no que vem depois. Esquecemos esses assuntos para nos dedicarmos ao progresso e eficiência do dia-a-dia. E chamamos a isso realismo. Como tratar da arrumação da mobília num navio a afundar. Só há um paralelo para esta atitude: a engorda no matadouro: "O homem que vive na opulência e não reflecte é semelhante aos animais que são abatidos." (Sl 49(48) 21)."

quarta-feira, maio 17, 2006


De olhos fechados, só vemos escuridão,

Mas a Luz está presente sempre que a procuramos

E vemos sempre melhor quando olhamos com o coração

sexta-feira, abril 07, 2006

Caminhos de Amor e paz

Passeio Pedestre - Ao encontro de pontos de partilha entre a filosofia Yoga e a religião católica

25 de Abril, terça-feira
11h-16h00

10 Euros
15 Euros com t`shirt do Diálogos incluída

ANGARIAÇÃO DE FUNDOS PARA O PROJECTO DO GRUPO DIÁLOGOS DE VOLUNTARIADO MISSIONÁRIO:
"ABRIR CAMINHOS 2006", ANGOLA, Agosto

11 h - Ponto de Encontro no Bar do Moinho, Azóia (ver mapa).
Ida de carro até ao Convento dos Capuchos e início percurso.
Introdução ao tema do passeio. Do Convento, eremitério de frades franciscanos no séc. XVI, subimos por entre a floresta até ao Tholos do Monge, um antigo monumento funerário Megalítico. No bosque antes do almoço:
Abraço às forças da Natureza (Agradecimento à mãe Natureza. Pequena prática de Yoga) Oração de agradecimento pelos alimentos. 13h30 - Almoço partilhado (Oferecemos chá e café).
Seguimos em direcção à bonita Ermida da Peninha, um percurso com uma magnifica vista da Serra da Arrábida ao Palácio de Mafra.
Dinâmica - Pontos de partilha: os 10 Mandamentos e o moral e ética do Yoga (yama e Nyama) Mantra. Mentalização para o amor no mundo. Cântico cristão. Rodeados por uma vista única para o mar e para penhascos que o rodeiam, começamos a caminhar descendo por uma mata de cedros até perto da Praia da Ursa.
Meditação 16 h - Opções: Fim do percurso e regresso aos carros, ou subida radical até à fantástica praia da Ursa e oportunidade de tomar banho em contacto com a natureza.

O QUE É PRECISO LEVAR:
Almoço e lanche / Litro e meio de água / Boné
CONTACTOS:
Sofia Lopes - 914517237 ou João Silva - 962452400

Organização: Diálogos - Leigos SVD para a Missão *

* Presença de jovens junto de populações africanas para apoiar nas áreas da saúde, educação e pastoral e os projectos sociais dos Missionários do Verbo Divino

MAPA: Lisboa - A5
Chegar ao final da A5 e virar à direita para MALVEIRA DA SERRA (à esquerda é para Cascais)
Seguir sempre em frente. Não virar para Sintra nem depois para Cascais/Guincho!
Continuar em frente e passar várias curvazinhas
VIRAR ONDE DIZ CABO DA ROCA/AZÓIA (Se continuarmos em frente vamos para a Peninha!)
Seguir em frente 100 metros até chegarmos a uma estrada de terra batida. Deixar a estrada que curva para a direita e continuar em frente pela estrada de terra batida.
Veremos o Bar do Moinho. Passar um muro baixo e estacionar mais à frente.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Ouvir a porta que se abre

Al Rumi, grande poeta da tradição Islâmica do Sufismo em conversa com alguém que lhe dizia detestar música, retorquiu:
- A música é o ranger da porta do Paraíso.
- Não gosto do som das portas que rangem – foi-lhe respondido, ao que Al Rumi respondeu:
- É que eu ouço o som das portas que se abrem, enquanto tu só ouves o som das portas que se fecham.


Abrir o coração ao Amor, que vivido de forma pura, nos abre portas para uma Vida na paz de Deus.

Se ai estiveres

Se aqui vieres,
Sabes que te desejo um percurso iluminado,
E peço que guardes uma oração para mim.

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Verdade e Amor

A verdade de Deus prevalece sempre, além dos tempos e dos templos, além dos Santos e dos altares, além das palavras ditas ou escritas nos livros, além do éfemero a verdade de Deus, nas suas mais diversas manifestações, prevalece.

A verdade de Deus está inscrita a Fogo, nas pedras, em todas as coisas vivas, sempre presente e disponivel a que a queira descobrir, a quem encha o coração de Amor, e torne real o invisivel, e sensivel o inconsciente. Só através do Amor nos libertamos e conseguimos ver mais além das coisas , do óbvio, do imediato, do éter. E através do Amor chegamos ao Eterno, à essência viva de Deus que está presente em tudo, ao principio e ao fim reunidos num só, um só Deus, que se manifesta de tantas formas, por vezes em tantos Deuses, consoante o espaço e o tempo.

A verdade de Deus prevalece sempre em Amor, a quem de coração puro a queira ver e receber.

quarta-feira, outubro 26, 2005

Eternidade

Não existe tempo antes da nossa existência na terra, nem existirá tempo quando deixarmos de existir. Para além da vida e morte na Terra, existe a Vida Eterna, onde não existe tempo, só Amor. E a nossa alma um veiculo de Amor que nos liga ao criador, e que temos a missão de engrandecer na nossa passagem pela Terra.